sábado, 25 de junho de 2011

A Cidade Proibida (The Forbidden City in Beijing)

A Cidade Proibida vista do mirante
Entrando na Cidade Proibida
Quando cheguei em Pequim já tinha feito o roteiro dos lugares que eu iria visitar. Reservei um dia inteiro para conhecer, ou melhor, ter uma idéia sobre o gigantesco complexo arquitetônico que forma a Cidade Proibida. São 980 edificações que somam no total 8.704 cômodos numa área de 720.000 m2. A Cidade Proibida começou a ser construída em 1406 e levou 20 anos para ser concluída. Foi residência de 24 imperadores durante a Dinastia Ming (1368-1644) e a Dinastia Qing (1644-1911). Era considerado um lugar divino e, por isso, era proibida a entrada das pessoas comuns. Daí vem a denominação, “Cidade Proibida”.
O muro e uma torre de segurança
Os muros que cercam a Cidade Proibida têm 10 metros de altura e 8 metros de espessura. O fosso com água tem 6 metros de profundidade e nos quatro cantos da muralha há torres de vigilância. Estas torres são as únicas construções visíveis para quem está do lado de fora da Cidade Proibida.
Eu e o meu chapéu de palha que veio para o Brasil.
Era junho de 2010. Um dia ensolarado de verão e fazia um calor intenso quando visitei a Cidade Proibida. Logo na entrada, antes de me dirigir para uma das longas filas para comprar o ingresso para a visitação, fui até uma barraquinha que vendia chapéus, vários tipos de guarda-chuva, sombrinhas, bonés e outros aparatos para espantar o calor. Resolvi comprar um chapéu de palha que os agricultores usam para fazer o plantio e cultivo do arroz. O chapéu, muito leve e amplo, protegia o meu rosto, o pescoço e os ombros. Além disso, não me atrapalhava para fotografar como os bonés que sempre enroscam na máquina fotográfica. O vendedor fez questão de colocar o chapéu na minha cabeça e ajustar as cordinhas. Em segundos virei atração turística. Muitos chineses me fotografaram e outros queriam ser fotografados ao meu lado. Tive o meu dia de celebridade durante as muitas horas que andei pela Cidade Proibida.
Esculturas nos muros e nas escadas
Há muitos detalhes e pinturas coloridas nos tetos e telhados. Esculturas delicadas estão presentes em todas as construções. As cores predominantes são o vermelho e o amarelo que só os imperadores tinham o direito de usar.

Na maioria dos Palácios não há nada dentro, o que permite o visitante observar melhor as pinturas que ricamente decoram as paredes.
Para quem gosta de fotografar e adora arquitetura como eu, com certeza, um dia inteiro não é suficiente para conhecer a Cidade Proibida.

Nos jardins imperiais, uma das edificações mais interessantes é o “Dui Xui Shan” ou “Hill of Accumulated Elegance”.
Dui Xui Shan
Na verdade não é um morro, e sim uma estrutura de pedras, com 10 metros de altura, que foi construído com pedras trazidas de diversos rios. Os imperadores costumavam subir até o pavilhão com suas concubinas para apreciar a vista.   
Do lado de fora da muralha vermelha, e um pouco distante, tem um mirante. Apesar do cansaço, das minhas pernas estarem ardendo de tanto que eu tinha caminhado, resolvi subir até o topo do morro para ver a Cidade Proibida lá do alto. Valeu o esforço, a vista é muito além do deslumbrante.
O mirante
Era final de tarde e eu já tinha feito bastante sucesso durante o dia com o meu chapéu de palha. De repente vejo uma barraquinha que alugava trajes típicos. Impossível resistir à tentação de me ver trajada como uma chinesa… Assim que me aproximei da barraquinha fui recebida calorosamente por quatro chinesas que começaram a me mostrar todas as opções de roupas e chapéus disponíveis. Uma delas falava um pouco de inglês e gentilmente aceitou fazer algumas fotos com a minha máquina. Outra me ofereceu dois tipos de chapéu para eu usar. Os dois apertavam muito a minha cabeça, eram pesados e o desconforto imenso. Colocar os sapatos foi uma aventura, não sei o que era pior: o meu cansaço ou a minha incapacidade de me equilibrar com aqueles sapatos que o salto ficava no meio da planta do pé. Só consegui andar até o “trono” porque fui amparada por duas chinesas.  
Calço número 35, mas para o padrão chinês, o meu pé é enorme 
É claro que muitos turistas chineses se divertiram com a cena cômica e registraram alegremente o meu inesperado ensaio fotográfico. Serviu para me lembrar que uma idéia “brilhante” sempre terá conseqüências à altura...   
No trono, eu e o meu visual chinês   

A Cidade Proibida vista do mirante
Desci do mirante por um caminho oposto ao que eu havia subido e lá embaixo encontrei um parque com muitas árvores, flores, bonsais, pessoas cantando e tocando vários instrumentos em grupos e outras jogando dominó.  Os jardins eram tão lindos e a cantoria tão agradável que superei o cansaço e continuei andando até o sol se esconder.     

A torre de vigilância e o fosso de água

Muitas flores e bonsais no parque

Um comentário:

  1. Audyyy...amei a postagem...viajei com você pela Forbidden City.... mas cá para nós esses chapéus, hein..... ahhhh, só você!!!! Bjoss

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