domingo, 14 de agosto de 2011

A Hidroelétrica do Xingó

O vertedouro da Hidroelétrica do Xingó não é aberto desde 2009
Essa foto eu fiz do alto da barragem da usina
Considerada a terceira maior hidroelétrica do Brasil em geração de energia, a Hidroelétrica do Xingó está localizada entre o estado de Alagoas e o estado do Sergipe. Dista 12 quilômetros do município alagoano Piranhas e 6 quilômetros do município sergipano Canindé de São Francisco.
 A construção da hidroelétrica começou em 1987 e a primeira unidade geradora de energia entrou em operação em 1994.
O Rio São Francisco nasce na Serra da Canastra em Minas Gerais e percorre 3.200 quilômetros até  desaguar no mar em Piaçabuçu em Alagoas e em Brejo Grande no Sergipe.
                                                  Condutos da Hidroelétrica

Uma carregadeira e uma escavadeira que foram usadas na construção da hidroelétrica estão expostas próximo aos dutos para dar uma idéia do tamanho dos mesmos.
A barragem construída em forma de pirâmide tem altura de 140 metros, largura de 27 metros e comprimento de 5.900 metros.

As seis unidades geradoras de energia totalizam uma potência instalada de 3 milhões de KW.
                       Quatro unidades geradoras ainda não foram contruídas 
Visitei a hidroelétrica guiada pela Debora Cristina Leite, funcionária da Chesf. Logo na entrada o visitante pode assistir a um filme com duração de 10 minutos sobre a construção da hidroelétrica.
                             Nos corredores internos da usina, fotos do cangaço
Os geradores vistos da parte interna da usina
Para visitar a barragem e o vertedouro o visitante é obrigado a pagar um táxi caso não tenha o seu próprio veículo. A hidroelétrica não dispõe de nenhum meio de transporte para levar o visitante e o guia para conhecer a parte externa da usina. Lamentável.
Eu e a guia Debora C. Leite
Na lojinha da Hidroelétrica não tinha nenhum cartão-postal, foto aérea ou qualquer livro sobre a terceira maior hidroelétrica do país. Estava à venda apenas algumas peças de artesanato, água, sorvete e biscoito. Considerando a beleza da região, do Rio São Francisco que se avista dá lojinha e da hidroelétrica, é simplesmente inacreditável que não exista uma variedade de produtos do Xingó para o visitante comprar e levar de recordação.
Pedi para a minha guia se havia algum prospecto ou qualquer informação impressa sobre a hidroelétrica, mas fui informada que tudo tinha acabado. Não havia absolutamente nada. O sentimento é de indignação e chega a ser constrangedor tanto para o guia quanto para o visitante.

Acredito que esse tipo de comunicação poderia ser desenvolvido a partir de parcerias com universidades estaduais e federais. Há muitos estudantes criativos e ávidos para mostrar o seu talento que poderiam contribuir com seus trabalhos orientados pelos professores.


Um comentário:

  1. A usina é bela, mas seu intuito não é turístico. A visitei recentemente (de maneira técnica) e pude acessar bem mais ambientes que turistas são autorizados. Para mim ficou claro que a CHESF não objetiva atrair turistas, pois são áreas de real alto risco. O interesse da CHESF é quase que somente captar energia de maneira segura.

    Realmente, pela beleza, há muita demanda por turismo. Mas o caráter da UHE me pareceu ser completamente industrial. Me surpreendi em ver que sequer existe uma recepção para visitantes.

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