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quarta-feira, 10 de julho de 2013

Minha primeira MEIA MARATONA - Corri 21 km

Desde que comecei a correr, em 2011, sempre achei que só iria me considerar uma corredora no dia que fosse capaz de correr os 21 km de uma Meia Maratona.
Domingo, 7 de julho de 2013, corri a Meia Maratona Caixa da cidade do Rio de Janeiro. Quando cruzei a linha de chegada meu coração batia tão forte quanto as minhas passadas, cada gota de suor revelava um pouco do meu esforço para correr 21 km em 2h18minutos. Naquele momento eu me coroava uma corredora. Recebi a minha medalha e fugi da multidão de corredores e do público que se aglomerava no Aterro do Flamengo.
Minha medalha nas areias de Copacabana
Lentamente fui caminhando em direção as pedras que separam as águas do mar do Pão de Açúcar. O dia ensolarado e o céu azul sem nenhuma nuvem moldavam a cidade maravilhosa. Olhando para o Pão de Açúcar, levantei os olhos para o alto e silenciosamente agradeci a Deus por mais uma conquista na minha vida. Carregava no peito a minha medalha de participação na corrida, no rosto um sorriso largo e na alma a imensa satisfação de ter vencido eu mesma.
No dia da corrida levantei às 4h30 da manhã. Tinha dormido pouco na noite anterior porque a ansiedade e o medo de não acordar tiraram o meu sono. Estava hospedada num hotel em Copacabana junto com um grupo de 12 corredores de São Paulo. Saímos do hotel às 5h30 numa van que havia sido alugada para nos levar até a largada da corrida na Barra da Tijuca. Ainda era noite e o dia só amanheceu quando estávamos passando pelo Leblon.  Chegamos ao local da largada, Av.Pepê 500 Barra da Tijuca, alguns minutos antes da largada que foi às 6h40. A temperatura era 19C, inverno carioca. 
A Maratona Caixa da Cidade do Rio de Janeiro contava com 20.000 participantes sendo:  5.000 maratonista 42 km, 10.000 corredores da Meia Maratona 21 km e 5.000 pessoas inscritas para correr 6 km no Aterro do Flamengo, local da chegada de todas as provas.
Assim que a corrida começou me concentrei para manter o meu ritmo, sem forçar, porque nunca tinha corrido 21 km. Logo após a largada corremos por um viaduto que no final tinha um túnel. Dentro do túnel havia balões iluminados, muita música e os organizadores da prova incentivando os corredores. Agradecíamos aplaudindo, gritando e saudando uns aos outros.
As ruas estreitas após a saída do túnel obrigavam os atletas a correrem muito próximo uns dos outros. Era difícil ultrapassar os corredores mais lentos, não me importei, aproveitei para apreciar a vista. Seguia no meu ritmo até que avistei a única grande subida de todo o percurso, os  1.200 metros da Av.Niemeyer que serpenteiam o Morro Dois Irmãos de São Conrado. Como eu tinha largado quase no final, podia ver o colorido de milhares de camisetas que tomavam conta da avenida até o topo do Morro. Uma imagem linda, de um lado um paredão de pedra e do outro a imensidão do mar azul. Eu tinha a sensação de estar correndo num cartão postal tamanha era beleza do morro, do céu e do mar.
São Conrado - Av.Niemeyer
Na subida consegui ultrapassar vários corredores porque mantive o mesmo ritmo que estava correndo no plano. Nesse momento me lembrei do meu professor e treinador William Arruda que  sempre que eu reclamava dos exercícios pesados de musculação, me dizia que era necessário desenvolver a potência e a força muscular para vencer  as subidas. Na descida do morro diminuí a minha velocidade para não forçar os joelhos e poder apreciar um pouco a vegetação, as árvores que quase invadiam a pista transformando-a numa trilha. No final da descida encontrei  a Cláudia Shaefer, uma paulistana que corre empurrando a cadeira de rodas adaptada da filha Bia que é deficiente. Incentivei a Cláudia e segurei na mão da Bia por alguns metros e segui correndo.
                  Leblon
Estava chegando à praia do Leblon, o sol esquentava e o mar parecia cada vez mais perto dos corredores. Havia muitas pessoas na praia que nos saudavam e uma turista oriental gritava: “ Very good! Very good”!  Sorrindo falei “ Thank you”  para ela e continuei no meu ritmo.
Leblon
No Leblon vi a placa que indicava que já tínhamos corrido 10 km, eu estava muito bem, correndo com alegria e não sentia nenhum cansaço. Então pensei que a corrida iria começar naquele momento. Estou acostumada a correr 10 km, mas jamais tinha corrido 21 km. Talvez por estar muito concentrada tentando decidir qual seria a minha estratégia de corrida dali para frente, a praia do Leblon logo ficou para trás e cheguei a Ipanema.
Ipanema
Desde criança sempre que ouço ou vejo a palavra Ipanema penso em Tom Jobin e Vinícius de Moraes, na Bossa Nova e na música “Garota de Ipanema”, a segunda música mais tocada e conhecida do planeta, superada apenas por "Yesterday" dos Beatles.  Correndo a Meia Maratona do Rio de Janeiro havia milhares de mulheres, todas tentando vencer seus próprios limites. Na Praia de Ipanema, com certeza,  éramos todas  “Garotas de Ipanema”, e se tivéssemos fôlego para correr e cantar, provavelmente nossas vozes se uniriam  num coro que teria cantado “ olha que coisa mais linda, mais cheia de graça é correr em Ipanema, porque tudo é tão lindo…”
Ipanema e Arpoador
E foi assim, cantarolando nos meus pensamentos, que cheguei em Copacabana. Tentando manter o mesmo ritmo da largada da corrida, meus olhos procuravam o final da praia que parecia distante demais para ser visto. A princesinha do mar se agigantava na minha frente assim como o número de pessoas nas areias de Copa que aplaudiam os corredores. Na pista havia um chuveiro em forma de arco que refrescava todos que por ali passavam e também uma grande mesa com tangerina e banana. Peguei dois gomos de tangerina da mão de uma moça sorridente sem parar de correr.
Copacabana 
De vez em quanto eu olhava para as ondas do calçadão de Copacabana, para as palmeiras, para a areia branca e para o mar muito distante da pista. A extensão da Praia de Copacabana é de  4,15 km e rapidamente também foi ficando para trás.
Em Copacabana uma homenagem a Carlos Drummond de Andrade
No início da Praia do Leme uma placa indicava 17 km percorridos e em seguida o percurso continuava pela Av.Princesa Isabel em direção a praia do Botafogo.
Morro do Leme
No primeiro quarteirão da Av.Princesa Isabel ouvi alguém gritando: “Vai Audy, força!”. Era a minha amiga sul-africana, Alba Botha, me incentivando nos quilômetros finais. Agradeci a torcida internacional e continuei correndo, sempre com o mesmo ritmo. Faltava pouco para chegar, eu me sentia muito bem, poderia correr mais rápido, porém, preferi não testar o meu limite físico. Talvez não quisesse terminar aquela corrida tão linda e me distraia olhando para o Pão de Açúcar que parecia cada vez mais perto de mim.
Botafogo
Quando cheguei ao Aterro do Flamengo, olhei para os belíssimos  Jardins de Burle Marx enquanto ouvia a música alta e o locutor saudando os corredores que cruzavam a linha de chegada. A minha primeira Meia Maratona estava acabando, eram os metros finais e eu ia vivendo a alegria de cada passada, de cada batimento cardíaco cada vez mais acelerado e da enorme emoção que é realizar um sonho.


Aterro do Flamengo
Não senti nenhuma dor durante a corrida nem cansaço no final da prova. Acho que estava feliz demais para sentir qualquer coisa que não fosse alegria.
Logo após cruzar a linha de chegada
Agora que me considero uma corredora, já posso pensar em outros desafios, outras Meias Maratonas mundo afora.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Rio de Janeiro – A cidade Maravilhosa

Cheguei ao Rio de Janeiro na sexta-feira, 5 de julho de 2013, no Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim um pouco antes das 8h00 da manhã. Tomei um taxi para Copacabana aonde iria me hospedar. O trânsito caótico, como em todas as grandes cidades brasileiras, fez com que eu demorasse quase 1h30 para percorrer os 37 km que separam o Aeroporto Internacional da praia de Copacabana. Só para lembrar que a duração de um voo de São Paulo para o Rio de Janeiro é de 45 minutos saindo do Aeroporto de Congonhas e chegando ao Aeroporto Santos Dumont e 51 minutos de Congonhas para o aeroporto Tom Jobim. I arrived in Rio de Janeiro on Friday, 5th July 2013, at Antônio Carlos Jobim International Airport around 8:00 am. I took a taxi from the Airport to my hotel in Copacabana. The traffic was heavy as it is in all Brazilian big cities and it took me almost 1h30 to travel 37 km which is the distance from the International Airport to Copacabana beach. It is interesting to mention that a flight from São Paulo to Rio de Janeiro takes 45 minutes from Congonhas Airport to Santos Dumont Airport and 51 minutes from Congonhas airport to Tom Jobim Airport.
Logo após fazer o meu check-in no hotel tomei um ônibus para o Aterro do Flamengo. No domingo, 7 de julho de 2013, eu ia correr a minha primeira Meia Maratona e precisava retirar o meu kit da corrida. I checked-in at the hotel and right after I took a bus to Park of Flamengo to collect my race kit as on Sunday, 7th July 2013, I was going to run my first half marathon.
           Parque do Flamengo/Aterro
O Parque do Flamengo, oficialmente Parque Brigadeiro Eduardo Gomes e popularmente chamado de Aterro do Flamengo foi inaugurado em 1965 e sua área é de 1.200.000 metros quadrados. Park of Flamengo, officially Park Brigadeiro Eduardo Gomes Park and called by locals Aterro do Flamengo was established in 1965 and its area is 1,200,000 square meters.
Retirei o meu kit e saí andando pelo Aterro do Flamengo conversando com outros corredores e fotografando o local que seria o ponto de chegada de todos os corredores. A Maratona Caixa do Rio de Janeiro 2013 tinha 20.000 inscritos. I got my race kit and went for a walk at Park of Flamengo. I had a chat with other runners and took photos of the area that would be the finishing line of the race. There were 20,000 people registered for the Marathon Caixa of the city of Rio de Janeiro 2013.  
No sábado, 6 de julho de 2013, descansei pela manhã, almocei com amigos e passei à tarde nas areias de Copacabana tentando controlar a ansiedade e me preparando psicologicamente para a corrida do dia seguinte. Como eu adoro fotografar me diverti clicando um par de chinelos que havia acabado de comprar e os meus pés que iriam correr 21 km. On Saturday, 6th July 2013, I rested in the morning, had lunch with friends and spent the afternoon at Copacabana beach trying to control my anxiety and psychologically preparing myself for the coming race. As I love to take photos I had fun shooting a pair of flip-flop I had just bought and my feet that were going to run 21 km.