segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Grupo Terra vai ao cinema assistir THE SMURFS

                                    Eu, o casal Maria Rita e Cleber, Silvia, Lena e Sandra
A ONG Grupo Terra tem a missão de promover a inclusão de pessoas com deficiência visual através do esporte, lazer e cultura.  No sábado, 27 de agosto de 2011, fomos convidados a assistir ao filme “OS SMURFS”.
Grupo Terra is a NGO that promotes the inclusion of blind people through sport, leisure and culture. On Saturday, August 27, 2011, we were invited to watch the movie "The Smurfs".
Equipe da Sony Pictures e da empresa Iguale 
A sessão de cinema OS SMURFS, dublado e com áudio descrição ao vivo foi uma iniciativa da Sony Pictures e do Unibanco Arteplex. 

The Smurfs movie session, dubbed and with live audio description was an action by Sony Pictures and Unibanco Arteplex.
    
In the movie theater lobby, very close to the cinema where the movie would be screened, Sony Pictures organized a stand where some “small blue plush creatures” from the movie were available for the blinds to touch and feel them.   

No hall de entrada do cinema, um pouco antes da sala na qual o filme seria exibido, a Sony Pictures disponibilizou algumas criaturinhas azuis de pelúcia para que os deficientes visuais pudessem tocá-las.
Maria Rita, conhecendo os Smurfs e fazendo novos amigos.
Uma pessoa descrevia a Smurfete, o Papai Smurf, o Gênio e também explicava que o tamanho de um Smurf é equivalente a três maçãs empilhadas uma em cima da outra.
A person from Sony described how Smurfette, Papa Smurf, the Genius looked like. It was also explained that the size of a Smurf was equivalent to three apples one on the top of the other.
Lúcia, voluntária do Grupo Terra e Roseli, atriz de teatro
Sandra e Lena que gostaram muito do filme.
Para assistir ao filme todos receberam fones de ouvido. A áudio descrição possibilita uma melhor compreensão do filme para deficientes visuais e pessoas com baixa visão.  
Everybody received headphones to watch the movie. The audio description provides a better understanding of the movie by blind people.

Leo Rossi fazendo a áudiodescrição
 Foi instalada uma cabine dentro da sala de cinema e a descrição das cenas que não tinha fala era feita ao vivo. 

A cabin was installed inside the cinema from where a person described live the mute scenes.  


Em vários momentos fechei os meus olhos e me concentrei no que estava ouvindo. 

Percebi sons e ruídos que de olhos abertos provavelmente não teria notado.   
Several times I closed my eyes and concentrated on what I was listening. I was capable of noticing sounds and noises that most probably I would not have realized if my eyes were open. 
O meu convívio com as pessoas do Grupo Terra e as experiências que dividimos nos nossos passeios e atividades sempre me ensinam a enxergar melhor com a cegueira. 

The experiences that I share with blind people from Grupo Terra in our sightseeing and activities always teach me to see better.
Eu, Lúcia, Sandra, Silvia, Maria Rita e Lena
Roseli levou o sobrinho para assistir Os Smurfs 

Na sala do cinema, antes do filme começar, as pessoas se reencontravam e conversavam alegremente. Os cães-guia eram uma atração a parte. 


In the cinema before the movie started people got together and chatted happily. The guide dogs  drew everybody’s attention.
O filme Os Smurfs, muito bem feito e com uma fotografia belíssima é para ser visto por pessoas de qualquer idade. Em um determinado momento a mão de Grace Winslow (Jayma Mays) toca a mão da Smurfete. Achei essa cena do filme extremamente bonita e delicada.Num ímpeto peguei a minha câmara e consegui fotografar enquanto Grace dizia para Smurfete: “toque a sua mãozinha aqui na minha mãozona". A amizade da Smurfete com uma humana estava selada para sempre. E eu pela primeira vez fotografei uma imagem da tela do cinema.
The Smurfs is a lovely and beautiful movie to be seen by people of any age. In the movie, at a certain point, Grace Winslow’s (Jayma Mays) hand touches Smurfette’s hand. I found this scene extremely beautiful and delicate. All of a sudden I got my camera and was able to take a picture of the movie scene while Grace was saying to Smurfette: “put your little hand in my big hand”. At that the moment the friendship of a human being and Smurfette was sealed forever. And for me it was the first time I took a photo of a movie screen image.         
 
ONG Grupo Terra -www.grupoterra.org  
email: grupoterra@grupoterra.org











sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Candongueiro viver e viajar pela África


O jornalista João Fellet morou em Angola entre 2008 e 2009 e trabalhou na implantação do primeiro jornal sobre economia e finanças do país. Cobriu as primeiras eleições desde o fim da guerra civil angolana (1975-2002) e escreveu sobre países africanos para várias revistas e jornais brasileiros.
Candongueiro viver e viajar pela África relata a viagem que o jornalista fez de Luanda até o Cairo assim como seus dias vividos em Angola.

Fui ao lançamento do livro ontem e assim que cheguei à minha casa comecei a lê-lo. A cada página aumentava o meu fascínio pela viagem, pelas descobertas e experiências vividas pelo João no continente africano. Sem perceber me deixei levar pela leitura madrugada adentro...

Parabéns João pela sua competência literária e pela sua sensibilidade diante da tragédia e miséria humana num país arrasado pela guerra civil.  

No livro a dedicatória carinhosa.

 À querida Audy,
Com quem compartilho essa ânsia desbravadora.
Abraço do
João


    

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Preferiria Não? Com Denise Stoklos

Denise Stoklos
Domingo 21 de agosto de 2011, assisti mais uma espetacular apresentação de Denise Stoklos que está em cartaz em São Paulo com a peça “Preferiria Não?” inspirada no texto” Bartleby, o escriturário” de Herman Melville. Stoklos mescla no palco com muita inteligência e olhar crítico a irreverência, a mímica, a representação intensa e instigante que é a marca dos seus trabalhos. É uma peça que trata dos nossos questionamentos que consciente ou inconscientemente cada um “Preferiria Não?”.

Stoklos é performer, diretora, atriz e mímica reconhecida e aclamada mundialmente. Já produziu 27 espetáculos. Criadora do Teatro Essencial, no qual o ator segundo Denise é “um representante da platéia, que muitas vezes não tem tempo para pensar sobre a vida, então precisa de um instrumento para provocar essa reflexão e evoluir.”

SESC Consolação
Rua Dr. Vila Nova, 245 – Vila Buarque – São Paulo/SP
De 19 de agosto a 18 de setembro 2011
Sextas e sábados, às 21h00 - domingos às 19h00

Excepcionalmente não haverá apresentação nos dias 26/08 e 11/09Ingresso: R$ 32,00 [inteira] R$ 16,00 [meia] R$ 8,00 [comerciário]

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

A Rota do Cangaço

A cidade de Piranhas no estado do Alagoas
O Sergipe é o menor estado brasileiro e faz divisa com o estado da Bahia e de Alagoas. Durante a minha viagem me hospedei na cidade de Piranhas no Alagoas e passava o dia conhecendo Sergipe.
Uma embarcação que sai da cidade de Piranhas leva os visitantes até a Grota do Angico, local onde o cangaceiro Lampião, Maria Bonita e o seu bando foram assassinados, no estado do Sergipe.
Navegando pelo rio São Francisco além da beleza das suas margens distantes é possível observar os redemoinhos na água e também a força da correnteza.
Eu e a minha amiga Renata fizemos este passeio no dia 8 de agosto de 2011.    
No barco havia poucas pessoas e durante todo o percurso ouvíamos músicas lindas sobre o Rio São Francisco e também Asa Branca na voz de Luiz Gonzaga. Cantávamos enquanto o barqueiro desviava das pedras e grandes redemoinhos nas águas profundas do Velho Chico.

Nossa parada foi em frente ao Restaurante Angico local onde iríamos almoçar na volta da trilha da Grota do Angico.
Os painéis no rio fazem a captação da energia solar que abastece o restaurante. Logo na chegada recebemos o cardápio para fazer o nosso pedido, pois quando voltássemos da trilha a comida já estaria pronta. Pedimos peixe e a famosa salada de cactos.       
No restaurante conhecemos o Júnior, o guia que iria nos levar até o local onde o mais temido cangaceiro foi assassinado. No início da trilha visitamos a casa que pertenceu a Pedro de Cândido, integrante do bando de Lampião
Nas paredes da casa feita de barro batido fotos de Lampião e seu bando. O fotógrafo Beijamin Abrão foi o único que registrou o cangaço e sua gente.  
No telhado da casa os cactos crescem como se tivessem sido plantados.  
A trilha é de apenas 800 metros, mas é preciso tomar muito cuidado com as pedras e a vegetação da caatinga.
Quando chegamos na Grota do Angico, o nosso guia João Castro Fernandes Jr. nos contou a história sangrenta da morte de Lampião e de seu bando. Todos foram decapitados e suas cabeças expostas em praça pública em várias cidades do nordeste.  
É um lugar que guarda não só as marcas violentas de uma época, mas também retrata as injustiças e crueldades cometidas por um sertanejo que tinha instrução e lia a bíblia.   
Voltamos pela mesma trilha e quando chegamos ao Restaurante Angico a nossa comida ainda estava sendo preparada. Fazia muito sol e calor e na nossa frente o Rio São Francisco com suas águas transparentes era um convite para um mergulho. Fomos nadar e nos refrescar no rio até a Luciana, proprietária do restaurante, nos chamar para almoçar.   
Era hora de provar o robalo de rio e a famosa salada de cactos que eu tanto queria experimentar. Eu nunca tinha comido cactos. O gosto lembra um pouco pepino, lembra apenas, porque é cactos e cactos só pode ter gosto de cactos. Também provei doce de cactos que me pareceu mais saboroso do que a salada.
Pedi para a Luciana me explicar como era feita a salada de cactos, porque com todos aqueles espinhos devia existir um jeito especial para se manusear os cactos. Gentilmente ela se ofereceu para me mostrar como se descasca cacto. É preciso segurar firme na raiz com uma mão e com uma faca bem afiada na outra mão dar  golpes certeiros. Olhando ela descascar com tanta naturalidade aquele cacto senti vergonha de todas as vezes que achei difícil descascar um abacaxi.   
Luciana Rodrigues Correia, proprietária do Restaurante Angico 
Almoçamos lentamente nos deliciando com a comida e com a vista luxuosa do rio São Francisco. Ninguém queria entrar no barco e começar a viagem de volta.
Na entrada de Poço Redondo, Lampião e Maria Bonita. 
Essa foto tirei da janela do ônibus viajando de Aracaju para Piranhas