segunda-feira, 30 de setembro de 2013

A corrida PARIS-VERSALHES

 

Em fevereiro deste ano fiz a minha inscrição para correr  “PARIS-VERSAILLES La Grande Classique”  que seria no dia 29 de setembro de 2013. No ato da inscrição foi solicitado o envio de um atestado médico informando que o participante tinha condições físicas para correr e estava autorizado por um médico. No Brasil não existe tal procedimento nem para provas mais longas como a Meia Maratona do Rio de Janeiro que corri em julho deste ano.
Organizei a minha viagem para Europa incluindo apenas a Grécia e a França num roteiro de 22 dias. Cheguei a Paris no dia 25 de setembro. Na sexta-feira, 27 fui retirar o kit da corrida no Palácio dos Esportes e lá encontrei com a minha amiga Mônica Osaki que tinha viajado para a Holanda  antes de vir para Paris. Nós havíamos decidido correr “PARIS-VERSAILLES  La Grande Classique”  em dezembro do ano passado quando estávamos participando da Maratona de Revezamento Ayrton Senna no Autódromo de Interlagos em São Paulo.
 
Ontem,  29 de setembro de 2013, nos encontramos na estação Dupleix e fomos andando para a largada da corrida. O dia estava nublado, tinha chovido e a temperatura era 18C.
A largada da corrida foi às 10h00, aos pés da Torre Eiffel onde 25.000 corredores do mundo inteiro ali se aglomeravam.

Para que todos tivessem a chance de ter a sua largada, a cada minuto era feita a contagem regressiva para um pelotão de 350 atletas.
Havia muitos brasileiros na corrida.
Juliana e Thiago de Campinas, correndo na Lua de Mel 
 Quando chegou a nossa vez de largar já haviam passado 14.600 corredores. O locutor dizia: “você está na Paris-Versalhes, é a sua vez de partir", e em seguida fazia a contagem regressiva de 5 segundos.  Uma emoção enorme largar com a Torre Eiffel a esquerda e o Rio Sena a direita.
Logo no primeiro quilômetro uma orquestra sinfônica tocava para os corredores que aplaudiam os músicos na rápida passagem. Havia muitas orquestras por todo o percurso e apenas um grupo de Música Afro que de longe ouvíamos as batidas dos tambores. 
Aos poucos nos afastamos do Rio Sena e chegamos ao primeiro ponto de hidratação que era no quinto quilômetro, além de água havia torrões de açúcar. As ruas iam ficando cada vez mais estreitas e quando chegamos ao sexto quilômetro era o início de uma grande subida, extremamente íngreme com quase dois quilômetros de extensão. Eu e Mônica corríamos lado a lado e neste momento decidimos diminuir muito o nosso ritmo assim como quase todos os corredores que subiam ofegantes. Foi nesse momento que entendi o porquê do atestado médico. Eu já corri a São Silvestre duas vezes, e a temida subida da Avenida Brigadeiro Luiz Antônio é infinitamente mais fácil do que a “ Côte de Gardes e a Avenue de Château”. 
Assim que vencemos a maior subida do percurso, no oitavo quilômetro, o segundo ponto de hidratação que tinha água, torrões de açúcar, gomos de laranja e uva passa que peguei de dentro de uma bacia. Foi importante ganhar um pouco de energia antes de começar a descida do morro, dois quilômetros correndo por um asfalto estreito que em alguns trechos terminava e o caminho era terra batida. A pista molhada, escorregadia e muitas folhas das árvores da “Route Royale” pelo chão, exigiam cuidados e força nas pernas. Sem dúvida foi mais difícil que a subida, porém, um dos trechos mais lindos do percurso. Infelizmente alguns corredores se machucaram nesta descida e o silêncio do bosque foi interrompido pelas sirenes da ambulância.
Quando terminamos a longa descida estávamos no décimo quilômetro, as pernas já começavam a dar sinal do cansaço acumulado pelos dois quilômetros de subida e mais dois de descida. Eu estava com muita cólica e a Mônica gripada, mas corríamos juntas, uma incentivando a outra a manter o ritmo.
 
E assim continuamos correndo até encontrarmos mais uma subida na Avenue de Versailles no décimo terceiro quilômetro e o último ponto de hidratação. Faltava pouco para chegar.
Passamos por algumas ruas estreitas, ouvíamos as orquestras, fomos aplaudidas pelas crianças e adultos que gritavam “Bravo” “Allez” até entrarmos na grande Avenue de Paris. 
Em seguida avistamos  a linha de chegada e o Palácio de Versalhes envolvido na névoa. 
Corremos os 16 km da “PARIS-VERSAILLES La Grande Classique” em 1h49 minutos, tempo não oficial.
Felizes com a nossa conquista fomos tirar fotos com a nossa medalha próximo ao portão de entrada do Palácio de Versalhes. Fazia frio e a ameaçava chover a qualquer instante, então logo tomamos o trem de volta para Paris e a noite saímos para comemorar.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Em Paris, outra vez...

Para mim Paris é uma das cidades mais linda do mundo. Esta é a 14º vez que visito a capital francesa que eu tanto adoro.
Ontem, 25 de setembro de 2013, saí de manhã de Santorini e voei para Atenas, um voo de apenas 45 minutos. Cheguei lá por volta do meio dia e esperei no aeroporto até o final da tarde para embarcar para Paris. O voo de Atenas para Paris teve 3 horas de duração. Cheguei  a noite em Paris muito cansada por ter passado o dia em aeroportos e voando.
Estou hospedada num hotel muito próximo da Torre Eiffel, cerca de 10 minutos andando. O meu primeiro passeio do dia foi andar até a Torre Eiffel e passear pelos jardins que a cercam. Deitei na grama e fiquei olhando para aquela estrutura de ferro gigantesca pensando em todas as vezes que estive aqui, no quanto eu gosto desta cidade e como me sinto em casa em Paris.