segunda-feira, 30 de maio de 2011

A resposta que não veio

Agradeço os comentários postados no último artigo sobre a suspensão temporária da demolição do casarão no qual funcionava o antigo Hotel Áustria em Treze Tílias.

Considero o debate importante e respeito opiniões diferentes assim como argumentos que justifiquem o que se afirma. É o nosso conhecimento de mundo (ou a sua falta) , as nossas experiências e vivências que nos levam a assumir uma determinada posição. Entretanto, vale lembrar que discutir idéias não significa atacar anonimamente e sem fundamentos.

Defendo a liberdade de expressão e o direito das pessoas exporem o seu ponto de vista, e por isso o meu blog será sempre um canal aberto ao debate inovador que acrescenta um outro olhar e nos faz refletir. Este blog existe apenas há três meses e de acordo com os dados fornecidos pelo Blogger já foi acessado mais de 4.000 vezes por pessoas de 32 países.

Quanto ao email enviado no dia 9 de maio de 2011 para o  Prefeito de Treze Tílias, Sr. Romeu Luiz Rabuski,  perguntando sobre a autorização da demolição do casarão em questão, o mesmo ainda não foi respondido. Tudo indica que seremos privados de tal informação, o que não deixa de ser lamentável. Parece que educação e respeito pelos cidadãos não é uma das  máximas do Sr. Prefeito Rabuski.  

Acho importante ressaltar que embora o turismo já não seja mais a principal atividade econômica de Treze Tílias, de acordo com um comentário anônimo, ainda é o que sustenta o setor hoteleiro da cidade. Não fiz nenhum levantamento  estatístico sobre a porcentagem de turistas que ocupam os hotéis, mas acredito que seja bem maior do que a de locais que eventualmente decidam passar um fim de semana em um dos hotéis da cidade.

Não vou para Santa Catarina com freqüência, mas sempre que viajo para Caçador, onde nasci, reservo um dia para visitar Treze Tílias. Já estive inúmeras vezes na cidade e, infelizmente, não tive o prazer de me hospedar no Hotel Áustria e em nenhum outro hotel da cidade.

Em março deste ano eu estava em Pequim e me hospedei em um hotel que foi tombado pela UNESCO como patrimônio da Humanidade. A casa, com mais de 200 anos, foi restaurada e aberta ao público durante as Olimpíadas de Pequim em 2008. Não há muito conforto nos quartos, o banho tem que ser rápido porque a capacidade de armazenamento de água quente no hotel é limitada, mas ninguém se importa, os anos de história que aquelas paredes carregam justificam as listas de espera para se hospedar lá.  
     
Já publiquei outros textos neste blog falando mais sobre mim e o meu enorme fascínio pelas viagens e pelas descobertas que as mesmas nos proporcionam. Morei alguns anos na Europa e já visitei mais de 20 países. Conheço quase todos os estados brasileiros.

Quando estive na Índia, por exemplo, visitei o Taj Mahal, fui até a fronteira com o Paquistão e conheci vilarejos que talvez só mesmo a aceitação incondicional da crença permita que  pessoas vivam em  condições tão severas e aceitem seus carmas pacificamente. Nas minhas duas viagens pela China, visitei Templos milenares e andei muitos quilômetros pela Grande Muralha da China em quatro seções diferentes da Muralha. Estive na Mongólia Interior viajando por lugares remotos, conheci inúmeros chineses que nunca tinham sequer visto um único Ocidental em suas vidas.  Em Dubai, subi até o topo do Burj Khalifa, o prédio com 200 andares, que é o mais alto do mundo. Enfim, são muitas as grandes obras  que já tive a oportunidade de conhecer.  Viajei sozinha para todos esses lugares, sem conhecer ninguém, sem saber ao certo o que encontraria pelo caminho. Aprendi muito nestas viagens e desenvolvi não só um carinho enorme pelos lugares que visitei, pelas pessoas que conheci e pelo que vivi, mas também um senso ainda mais aguçado sobre a importância de se preservar os patrimônios . Não podemos impedir que futuras gerações sejam privadas de conhecer a sua própria história.

O fato de eu ter visto de perto muitas edificações mundialmente conhecidas não torna o casarão de Treze Tílias menor. Muito pelo contrário. Dentro do seu contexto histórico ele é tão importante quanto qualquer outra construção acima citada. Daí a importância da sua preservação e o meu empenho e de tantas outras pessoas para manter viva a nossa história. O casarão não é apenas uma obra arquitetônica da cidade de Treze Tílias, ele integra o Patrimônio Histórico e Cultural do estado de Santa Catarina e, desnecessário lembrar, faz parte da história da colonização do Brasil.

Retomarei as publicações sobre minhas últimas viagens pelo Oriente e em breve voltarei a postar fatos e fotos sobre a beleza e a diversidade brasileira.       
     

sábado, 21 de maio de 2011

Suspensa a demolição do casarão de Treze Tílias

A destruição começou pelo telhado
A demolição do casarão no qual funcionava o antigo Hotel Áustria teve início na última terça-feira, 17 de maio de 2011. No dia seguinte, o Ministério Público de Santa Catarina pediu a suspensão da mesma. O Juiz Edemar Gruber, de Joaçaba, concedeu uma liminar suspendendo temporariamente a demolição do imóvel.

 O destino que será dado ao casarão construído pelos imigrantes austríacos em 1948, um dos cartões-postais de Treze Tílias, está agora nas mãos do Ministério Público de Santa Catarina.

 Acredito que esta medida só foi tomada porque centenas de pessoas se mobilizaram para impedir que parte do patrimônio arquitetônico catarinense virasse pó. O meu sincero agradecimento a todos que me apoiaram e saíram em defesa da preservação da nossa história. Nos juntamos a muitas outras pessoas que há meses já estavam se esforçando para barrar a demolição do casarão. 

 O email que encaminhei para o prefeito de Treze Tílias, Sr. Romeu Luiz Rabuski, perguntando sobre a autorização para demolir o referido imóvel, ainda não foi respondido.

 No Brasil, somos obrigados a eleger os nossos representantes cuja obrigação, no exercício dos seus mandatos, é, entre outras,  zelar pelas nossas cidades. Entretanto, esses senhores do poder, após serem empossados em seus cargos, muitas vezes  tomam decisões arbitrárias que ignoram a vontade dos cidadãos que eles representam. Se estivéssemos em ano eleitoral, época  das promessas, do sorriso largo que beija criancinhas e faz pose, provavelmente a resposta não seria o silêncio. 

 Hoje contamos com a velocidade da informação propiciada pela tecnologia que une idéias e pessoas do mundo todo em segundos. Não estamos mais isolados. Não é mais possível destruir patrimônios ou calar reivindicações com o ronco da moto-serra, com a marretada impiedosa que tudo destrói ou o abuso do poder.

Todos nós cometemos erros, mas só os grandes são capazes de assumi-los, rever decisões equivocadas e desculpar-se publicamente. Os medíocres preferem sustentar e justificar o absurdo das suas decisões agindo na surdina e atacando anonimamente. 

Preservar o patrimônio histórico e cultural de uma cidade é dever e responsabilidade da administração pública. Entendo que os custos de manutenção e preservação do casarão fossem inviáveis para os proprietários e talvez por isso  o imóvel tenha sido vendido.  

Entretanto, o inaceitável é que em vez da Prefeitura explorar as inúmeras alternativas existentes para preservar um dos casarões mais belos  da cidade, optou pela solução mais absurda e irreversível: a demolição.

Sabemos que a preservação do patrimônio arquitetônico de uma cidade é um dos fatores que faz crescer a indústria do turismo em qualquer lugar do planeta. Esta semana, por exemplo, foi reaberto ao público o Farol da Barra, em Salvador,  o mais antigo das Américas, construído em 1698.

 Já estive diversas vezes na Bahia e sempre que fui a Salvador visitei o forte que abriga o farol e o Museu Náutico da Bahia. Agora é possível também subir na torre do farol. Segundo Cláudio Tinoco, presidente da Saltur (órgão responsável pelo turismo em Salvador), a iniciativa deve trazer um aumento de até 15% no total de turistas que a cidade recebe. Somente no primeiro dia de visitação o Farol da Barra recebeu 653 visitantes. O valor do ingresso para se ver a Baía de Todos os Santos lá de cima é R$10,00 por pessoa.

 Esse é apenas um exemplo de como decisões inteligentes não apenas podem preservar a memória de uma cidade mas  também ser rentável  para os cofres públicos. 

 Enquanto aguardamos o parecer do Ministério Público de Santa Catarina, registro aqui a minha esperança de ver o casarão transformado em um Centro Cultural, para promover atividades artísticas e abrigar a memória dos imigrantes que um dia se aventuraram pelo oceano rumo a outro continente,  trazendo a força de seu trabalho e o seu senso estético, e construíram uma das mais encantadoras cidades do Estado.    

domingo, 15 de maio de 2011

Destruição do Patrimônio Histórico de Treze Tílias

Antigo Hotel Áustria, prestes a ser demolido
O meu blog “nasceu” no dia 27 de fevereiro de 2011, ou seja, há menos de três meses. O meu objetivo, desde o início, foi publicar fotos das minhas viagens e textos contando o que me levou a fotografar uma determinada situação ou lugar.
As minhas publicações não estão vinculadas a nenhuma agência de viagem, companhia aérea ou qualquer empresa de transporte. Não tenho patrocinador. Os textos são todos de minha autoria e, portanto, sou a única responsável por todas as postagens.
Na minha última viagem para Santa Catarina estive em Treze Tílias e escrevi cinco artigos sobre a cidade com o intuito de divulgar a sua história e beleza. Foram muitos os emails que recebi de pessoas que se interessaram em conhecer a cidade após terem visto as fotos e lido os meus textos.
Para a minha surpresa, uma pessoa deixou um comentário anônimo nos textos sobre Treze Tílias alertando sobre o risco que a cidade corre de perder a sua identidade. Neste comentário foi mencionado também que o imóvel no qual funcionava o antigo Hotel Áustria, “uma relíquia cultural do Estado de Santa Catarina”, assim escreveu o leitor, está prestes a vir abaixo, uma vez que os novos proprietários o adquiriram já com a autorização para a demolição.
Faço questão de ressaltar que não tenho nenhuma ligação partidária e desconheço totalmente a política da administração da cidade de Treze Tílias. Porém, devo confessar que fiquei tão indignada com a possibilidade da maldita praga da destruição do belo já ter assolado a cidade que entrei em contato com a Prefeitura de Treze Tílias.
 Encaminhei um email para o Prefeito, Sr. Romeu Luiz Rabuski ,no qual perguntei se a Prefeitura tinha mesmo autorizado a demolição do casarão.  Faz uma semana que enviei o email e até agora não obtive nenhuma resposta do Gabinete do Sr. Prefeito. Contatei a secretaria de turismo da cidade de Treze Tílias e fui informada que o imóvel no qual funcionava o antigo Hotel Áustria foi mesmo vendido com um decreto que autoriza a sua demolição.
É simplesmente inconcebível que parte da história de uma cidade vire pó simplesmente para atender aos interesses de uma minoria. Nenhuma obra, por mais grandioso que pareça o projeto, justifica a destruição do casarão construído pelos imigrantes austríacos no início do século passado. Sou a favor do desenvolvimento sustentável, do progresso e da geração de empregos desde que a história daqueles que fundaram a cidade seja preservada.
O casarão onde funcionava o antigo Hotel Áustria ainda está de pé. Não vamos permitir que ações perversas destruam o nosso patrimônio cultural.
Peço encarecidamente a todas as pessoas que lerem este artigo que o encaminhem para os seus amigos. Precisamos nos mobilizar e impedir o início do processo de degradação da cidade de Treze Tílias.   
Eu estava em frente ao prédio da Prefeitura quando fiz esta foto

domingo, 8 de maio de 2011

Mônaco x Abertura da exposição sobre Grace Kelly

Convidados no Museu da FAAP

Na última quarta-feira, 4 de maio, estive na abertura da Exposição Os Anos de Grace Kelly – Princesa de Mônaco no museu da FAAP em São Paulo. A presença da Sua Alteza Sereníssima o Príncipe Albert II de Mônaco, que veio ao Brasil especialmente para a abertura da exposição, nos fez seguir o protocolo dos Palácios.
Todos os convidados deveriam chegar 30 minutos antes do horário marcado, uma vez que pontualmente, às 19:30hs, o Príncipe entraria acompanhado pelo corpo diplomático do Itamaraty.
Cheguei um pouco antes das 19:00hs e o hall de entrada do Museu da FAAP já estava quase totalmente tomado. Acredito que praticamente todos que receberam o convite estavam presentes. Nunca vi um aglomerado de pessoas tão grande em nenhuma outra abertura de exposição.  
Procurei fotografar a multidão de convidados como fosse apenas um contorno das  belíssimas obras do Aleijadinho expostas na entrada do museu.

Muitas pessoas na abertura da Exposição
Para conseguir me movimentar entre as pessoas, segurei firme a minha maquina fotográfica na altura do rosto o que abriu a minha passagem, pois muitos pensavam que eu era jornalista e estava fazendo a cobertura fotográfica do evento. Várias vezes alguém me perguntou para qual revista ou jornal eu trabalhava e quando as fotos seriam publicadas. Isso nem me surpreendeu, mas o fato de muitas “senhoras” com suas cirurgias plásticas cuidadosamente maquiadas pararem na minha frente fazendo pose e sorrindo foi hilário. Eu as ignorava, para o seu total desespero de não estarem sendo vistas e “clicadas”. Lamentável este comportamento das emergentes e, supostamente, candidatas ao título de novas socialites paulistanas. Foi divertido vê-las disputando inutilmente a atenção da minha lente.
Mônaco, agosto de 1997
 No meio daquele turbilhão de vozes, enquanto aguardava a chegada do Príncipe, me lembrei da minha primeira viagem para Mônaco em 1997.
Naquela época eu era estudante em Londres, e, em uma das minhas férias de verão fui para a Itália visitar a Francesca, uma italiana que também tinha ido estudar em Londres e moramos juntas alguns meses. A Francesca morava na pequena Varazze, no norte da Itália. Eu ia voar de Londres até Gênova e de lá tomar um trem para Varazze.
Liguei um dia antes de embarcar para a Francesca e a mãe dela me disse que ela tinha reatado com o namorado, viajado para a Suíça e não tinha conseguido me avisar. Eu não tinha secretária eletrônica na minha casa e no final dos anos 90 não tínhamos acesso a Internet ou celular.  A mãe da Francesca, como toda boa “mama italiana”, me disse para eu ir mesmo assim que ela me apresentaria para os amigos da Francesca. Eu fui! 
Chegando lá fui extremamente bem recebida e a mãe da Francesca fez tudo o que pode para que as minhas férias fossem maravilhosas. Numa manhã ela sugeriu eu  tomar um trem e ir passar um dia em Mônaco, era muito perto de Varazze e eu poderia voltar no entardecer. Adorei a idéia!
Eu não sabia que estava tão perto do Principado de Mônaco e me organizei para no dia seguinte ir para lá. Tomei um trem bem cedinho e pela janela eu via aquelas paisagens cinematográficas que me acompanharam até chegar a Mônaco. Não lembro quanto tempo demorou a viagem, tudo era tão lindo que os minutos não tinham a menor importância. Assim que saí da estação, andei um pouco e logo vi aquela imagem que me era tão familiar dos cartões postais: inúmeros barcos e iates brancos ancorados contrastando com a água azul do céu do mar de Mônaco. 


Eu, na minha primeira viagem para Mônaco, com 24 anos.
 
 Andei sem parar pelas ruas que eu tinha visto tantas vezes pela televisão nas transmissões dos Grandes Prêmios de Fórmula I. No alto do morro, perto do Palácio, encontrei uma lojinha que vendia tudo o que se possa imaginar com as marcas das equipes e dos patrocinadores da Fórmula I. A maioria dos produtos tinha uma foto do Ayrton Senna, o Rei de Mônaco.


Ainda perdida nos meus pensamentos percebo um alvoroço de jornalistas, fotógrafos, cinegrafistas, todos se posicionando na entrada que dava acesso à porta da Exposição.

Era o Príncipe que havia chegado e a Exposição Os Anos de Grace Kelly – Princesa de Mônaco   seria oficialmente aberta.      
  

Os Anos Grace Kelly, Princesa de Mônaco

A Exposição foi aberta em Mônaco e já viajou pela França e Itália antes de chegar ao Brasil. São cerca de 900 objetos divididos em 14 salas que mostram toda a trajetória da atriz americana que foi premiada com o Oscar e  se tornou a Princesa de Mônaco.
Na Sala Casamento está exposto, além de fotos, o vestido de noiva e os sapatos usados por Grace Kelly em 1956. Há também um telão que mostra a cerimônia do casamento e o desfile dos noivos pelas ruas de Mônaco.



Os vestidos usados pela princesa nas festas do Principado estão na Sala Baile. Os manequins possuem movimentos giratórios que permitem o visitante apreciá-los por todos os ângulos.

Há vestidos usados em viagens e no cotidiano

Na Sala Real estão expostas as jóias, as coroas, o anel de noivado que o Príncipe Rainier III colocou no dedo de Grace Kelly e uma mesa de jantar que recria um banquete no Palácio Real. O mais interessante desta mesa são os pratos. Há um recorte no centro de cada um onde foi colocada uma pequena tela de LCD mostrando imagens da Princesa. A primeira  impressão que se tem é que a qualquer momento ela chegará para o jantar.
São muitas as fotos, filmes, cartas e acessórios que pertenceram a Grace Kelly e merecem ser vistos. A mostra fica em cartaz até o dia 10 de Julho de 2011.
Museu de Arte Brasileira da FAAP.
Rua: Alagoas, 903 – Higienópolis - São Paulo/SP
Horário: Terça a sexta-feira das 10h00 às 20h00
                Sábados, domingos e feriados das 13h00 às 17h00
Entrada Franca  







sexta-feira, 6 de maio de 2011

About your Dreams

 "Don't let anybody tell you not to reach the stars if there are some footprints on the moon. Unknown. 
"Não deixe ninguém lhe dizer que não alcançarás as estrelas se algumas pegadas na lua."   Anônimo

Fiz esta foto em Caçador -Santa Catarina - Setembro de 2009

terça-feira, 3 de maio de 2011

Linda Treze Tílias

Nesta viagem não assisti nenhuma apresentação de  grupo folclórico da cidade. Há centenas de pessoas que fazem parte das apresentações de dança típica, dos cantos e das bandas locais. Para os visitantes é uma oportunidade para se conhecer também um dos principais instrumentos da música tirolesa, a cítara. 
Hotel Shneider
Muitos dos hotéis da cidade são administrados pelas famílias que trabalham e também  moram nos mesmos. Os hóspedes são recebidos como amigos que vieram de longe para uma visita.

Atêlie do escultor  Conrado Moser
 A cidade recebeu o título de “Capital Catarinense dos Escultores e da Escultura em Madeira”. Ateliês e esculturas estão por todos os lados. No hall do hotel Dreizehnlinden, por exemplo, está o ateliê do escultor Conrado Moser, conhecido internacionalmente pela riqueza de suas obras.  

Anualmente, em julho, acontece na cidade a Semana da Escultura de Treze Tílias na qual artistas de todo o país e do exterior se reúnem para mostrar e comercializar a sua arte.
Hotel Dreizehnlinden
Solange e Angélica, recepcionistas do Hotel Tirol

Há sete quilômetros do centro de Treze Tílias, na linha Babenberg fica a Igrejinha construída pelos imigrantes em 1934 e restaurada em 1998. Próxima a Igreja tem uma Gruta com a imagem de Nossa Senhora Aparecida.

Na época das festas religiosas como a Páscoa e o dia de Nossa Senhora Aparecida, a procissão segue por uma trilha bem cuidada e cercada de árvores que começa na gruta e vai até a igreja.
Gruta de Nossa Senhora Aparecida e estação da Via-Sacra

Nos proximidades da Igreja há casas antigas, pastagens, ovelhas, cabras, vacas holandesas, pelegos secando e patos passeando pela a estrada.
Casa construída em 1942

domingo, 1 de maio de 2011

Consulado Honorário da Áustria em Treze Tílias

Consulado Honorário da Áustria em Treze Tílias
Visitei o Consulado Honorário da Áustria em Treze Tílias, o único no Brasil localizado fora de uma capital de estado. O azul intenso do céu ressalta ainda mais a belíssima arquitetura alpina.

Segundo a Sra. Anna Lindner von Pichler, Cônsul Honorária da Áustria, Treze Tílias tem uma população de aproximadamente 6 mil habitantes, metade tem descendência austríaca, portando possuem a dupla cidadania e passaporte da União Européia, possibilitando sua permanência nestes países por tempo ilimitado.  Calcula-se que 10% da população de Treze Tílias esteja atualmente trabalhando na Áustria, Suíça e Lichtenstein.

É difícil  precisar quantos austríacos vivem no Brasil. Depois da 1ª Guerra Mundial e após a queda da Monarquia, mais de 60.000 austríacos deixaram sua terra natal e se espalharam pelo mundo afora.  Em 1933, quando foi fundada Treze Tílias, foram recebidos ao todo quase 800 imigrantes, num período de 4 anos vindos em 14 navios. Destes ainda vivem aproximadamente 60 pessoas.