Mostrando postagens com marcador Fernando de Noronha. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Fernando de Noronha. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Diving in Fernando de Noronha

I decided to write in English this small article so that I can share with my friends from abroad and whoever does not speak Portuguese the feeling of diving in Fernando de Noronha. The archipelago is located in the Northeast coast of Brazil, approximately 545km far from Recife, the capital of the state of Pernambuco. The Brazilian Government controls the number of visitors in the Island and a fee is charged daily in order to protect the environment. All rubbish produced in the Island, for example, is sent to the continent by boat so that the sea will not be polluted. In some beaches is not even allowed sun tanning lotions because it will damage the natural pools. 
Praia da Conceição
 In the past Charles Darwin and Jacques Cousteau visited the Island and both were fascinated by its beauty. More recently Lonely Planet Guide called Fernando de Noronha as “one of the most beautiful places on earth”.
From the top of a hill I had this view.
As a Brazilian I am very proud to say it is so true. To dive in Fernando de Noronha is a unique experience. It is the feeling of being in a big aquarium surrounded by the most impressive range of marine life. The crystal blue water of the Atlantic Ocean provides visibility up to 40 meters deepness and the temperature of the water is around 25C. As you swim towards the bottom of the sea you may meet a turtle that will not mind to be with you for a while. The breathtaking fishes come from everywhere and some are so colorful that is hard to believe it is a real fish. I also had the chance to see sharks and to swim with a ray.
Audy & Daniel Araki                Photo: Tatiana Vasconcelos

I cannot think of a word to describe how I felt in that scenery. The pictures only give an idea of how wonderful is to be at the bottom of the sea. I must say that for a moment I was so much taken by the peace and silence which was just interrupted by the sound of my breath that I thank God for the great opportunity I had to be there. Needless to say the memories of diving in Fernando de Noronha will be always in my mind.
Photos I took from the boat


domingo, 24 de abril de 2011

Trilha Aquática em Fernando de Noronha

Audy & Mauro.Me esticando eu fiz esta foto.
Conheci o Mauro Mureta no final de uma palestra no Projeto Tamar. Ele é um guia credenciado pelo IBAMA que vive na Ilha de Fernando de Noronha há quatro anos. Eu nunca tinha ouvido falar de uma Trilha Aquática, mas o Mauro me explicou que significava seguir uma linha imaginária no mar e que iríamos mergulhando da Praia do Boldró até a Praia dos Americanos. Não foi preciso nenhum esforço para ele me convencer a fazer esta trilha.
Para se chegar até a Praia do Boldró é preciso descer um caminho com muitas pedras íngremes e mabuias. A mabuia é um pequeno réptil que lembra um lagarto esquisito endêmico da Ilha. São tantas mabuias por Fernando de Noronha que é preciso prestar atenção na hora de vir embora para não trazer uma na mala sem querer. 
Audy Veronese - Foto: Mauro Mureta
Quando chegamos à praia o mar estava agitado e as ondas altas demais para mim. Dificilmente eu conseguiria atravessá-las. O Mauro me disse que para fazermos a Trilha Aquática teríamos que passar pela área de arrebentação das ondas e nadar em direção ao fundo do mar. Olhei, por alguns instantes para aquelas ondas gigantes, para as pedras da praia e estava certa de que uma daquelas ondas, em segundos, me arremessaria contra as pedras... mas a vontade de fazer a trilha era maior do que poderia ou não acontecer comigo... Percebendo o meu desconforto, o Mauro me falou que se eu segurasse firme na mão dele e nadasse ao seu lado venceríamos aquela “montanha de água”.  Acreditei e achei melhor não fazer nenhuma pergunta para não despertar uma “suposição” desnecessária. Coloquei as nadadeiras, a máscara e snorkel e lá fomos nós, às vezes nadando outras vezes sendo levados pelas ondas. Quando já havíamos nos afastado bastante da praia e o mar ficou mais calmo, pude dimensionar a distancia da nossa trilha.
Cardumes que encontramos na Trilha Aquática. Foto: Mauro Mureta
Comecei a mergulhar e a me deixar levar pela beleza do fundo do mar de Fernando de Noronha. Eu havia alugado uma maquina fotográfica subaquática para fotografar os peixinhos ou qualquer outra criatura marinha que encontrasse pelo caminho. Comecei a fotografar mas como o “time” da maquina era um pouco lento, as primeiras fotos foram um verdadeiro desastre. Então preferi ficar observando aqueles cardumes coloridos, o seu movimento de acordo com as ondas e a deliciosa sensação de se ouvir o silêncio que era quebrado apenas pela minha respiração. Entreguei a maquina para o Mauro fotografar o que ele quisesse.

Mergulhando na Trilha Aquática - Foto: Mauro Mureta
Passamos mais de duas horas mergulhando sem mesmo se importar  com a chuva forte que caía. O céu ficou escuro, mas o fundo do mar continuava azul claro, lindo e sereno como se a tempestade fora d’água não existisse. Nadando com milhares de peixinhos coloridos, envolvida pelo silêncio e pela paz do fundo do mar agradeci a Deus pela maravilhosa oportunidade de estar ali, de poder contemplar tamanha beleza.            

Guia em Fernando de Noronha que eu recomendo:
Mauro Mureta – email: mureta9@hotmail.com  
Tel: (81)9940-9319 – (81) 3619-0410


Ponto de partida da nossa Trilha Aquática - Foto: Mauro Mureta

Mergulhando nas águas claras de Fernando de Noronha

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Mergulhando em Fernando de Noronha

  
“ Viajar é trocar a roupa da Alma”
Mário Quintana uma vez assim escreveu.  
Eu diria que conhecer o arquipélago de Fernando de Noronha é mais do que uma troca de roupa da alma, é tatuar na alma  a beleza de suas águas claras que lá longe no horizonte se confundem com o azul do céu. É o colorido dos peixinhos que bailam suavemente saudando quem se aventura a mergulhar nas profundezas do oceano e desvendar os seus mistérios. É a certeza de um espetáculo da natureza que nenhum texto ou foto consegue dimensionar o que é mergulhar no Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha.
Audmara Veronese & Daniel Araki  Foto: Tatiana Vasconcelos
Meu primeiro mergulho com cilindro, ou seja, o “Batismo” foi no dia 12 de abril de 2011 e foi organizado pela operadora Altantis Divers. Uma embarcação nos levou até a Ilha do Meio, ponto no qual eu mergulharia. O meu instrutor, Daniel Araki, atencioso e experiente me explicou algumas normas de segurança e sinais que usaríamos para nos comunicar durante o mergulho. Com a ajuda do marinheiro vesti a roupa, coloquei todo o equipamento e pulei do barco. Já na água o Daniel me esperava para repassar alguns procedimentos, verificar se eu já estava  familiarizada com a máscara e me ensinou a equalizar os ouvidos. Em poucos minutos já estava pronta para afundar e começar a conhecer o fundo do mar. Nos primeiros metros da descida os meus ouvidos doíam muito por causa da pressão da água, mas mantive a calma e repeti os movimentos que o Daniel havia me ensinado. Consegui equalizar os ouvidos e seguimos descendo até chegarmos a uma profundidade de 14 metros.
Eu e o Daniel Araki - Foto: Tatiana Vasconcelos
Além dos muitos peixes coloridos que passavam por nós, logo no início encontramos uma tartaruga, nadamos juntos por alguns minutos. Eu me sentia dentro de um aquário, deslizando pelas águas límpidas e quentes de Noronha.A cada instante uma nova surpresa  vinha na forma de cardumes amarelo-ouro, de peixinhos azuis, cor-de-rosa, pretos e das combinações de cores mais variadas possível. Tinha também peixes grandes e talvez por causa da sua imponência nadassem solitários.
De repente avistamos o mais temido dos mares, era um filhote de tubarão perto uma grande pedra. Diz o conhecimento popular que os tubarões de Fernando de Noronha são tão bem alimentados que ignoram os intrusos, neste caso, eu e o Daniel. Assim que o avistei tratei de mudar a direção do meu nado, mas como era o Daniel quem me conduzia todas as minhas tentativas de me afastar do tubarão foram inúteis 
Audy & Daniel Araki - Foto: Tatiana Vasconcelos

O nosso próximo encontro foi com uma arraia que permitiu que a acompanhássemos no seu nado desajeitado raspando o fundo do mar. Eu estava maravilhada com tudo o que via, era como se a minha existência se resumisse naquele momento de extrema beleza e paz.
O tempo correu cruelmente e o Daniel sinalizou que já estava na hora da subida, não tínhamos mais muito oxigênio disponível nos nossos cilindros. Olhei para cima e vi uma imensidão de água azul que teria que atravessar para chegar até o barco. Nem percebi a subida, as imagens do fundo do mar tinham me envolvido de tal forma que eu não queria sair dali.
De volta ao barco, em estado de êxtase, com o olhar distante e o pensamento no fundo do mar me deixe levar até o Porto.
À noite sonhei com tudo o que tinha visto e nos dias que se seguiram mergulhei muitas outras vezes.